sábado, 30 de abril de 2011

Atividades para Coordenação Motora Fina (2)

Circuito Psicomotor ou Aramado

Torre de formas geométricas


Alinhavo


Caminho Mágico


Ferramentas
*Essas atividades permitem preensões palmares e pinça, extensão e flexão de punho, integração bimanual, coordenação visomotora entre outras funções cognitivas como atenção e concentração.

O Sistema Vestibular

                 De todos os sitemas sensoriais sobre os quais falamos dentro da teoria de integração sensorial o que pode ser o mais importante e o mais difícil de entender é o sentido vestibular. Este sistema sensorial se desenvolve apenas algumas semanas após a concepção e desempenha um papel muito importante no desenvolvimento inicial da criança. Provavelmente foi também um dos sistemas mais importantes para nossos ancestrais durante a evolução. Entretanto, não é muito familiar para muitas pessoas.
          As crianças não aprendem sobre ele quando aprendem sobre os sistemas sensoriais básicos e se os adultos conhecem esse sistema, podem apenas ter consciência de que tem algo a ver com equilíbrio. Maior compreensão sobre o sistema vestibular vai ser útil para a compreensão dos tipos de problema que as crianças podem ter assim como os métodos que usamos para corrigir esses problemas.
            Como sabemos, há partes de nossos ouvidos e olhos que absorvem sons e visões e mandam informação para nosso cérebro. As partes do sentido vestibular que absorvem informações a serem mandadas para nosso cérebro estão localizadas no ouvido interno. Uma parte é um conjunto de canais cheios de fluido que respondem a movimento e mudança de direção A outra parte é uma estrutura como uma bolsa que responde a mudança de posição da cabeça e ao empuxo da gravidade. A informação sobre movimento e posição da cabeça que vem através dessas estruturas é mandada para muitas partes do cérebro. Esta é uma das principais razões pela qual nos preocupamos tanto com este sistema sensorial – tem muitas funções diferentes que são importantes para nossa habilidade de fazer tantas coisas.
            Uma função importante do sistema vestibular nos permite coordenar os movimentos dos nossos olhos sem mover a cabeça. Isto ocorre em atividades tais como copiar da lousa (olhar para cima e para baixo) virar a cabeça para observar um objeto em movimento (tal como uma bola no campo de futebol) e mesmo às vezes olhar em uma página para ler. Essas funções do sistema vestibular provavelmente ajudam a explicar porque vários estudos mostraram que até metade das crianças com distúrbios de aprendizagem mostram sinais de disfunção vestibular.
             O sistema vestibular também é importante para ajudar a desenvolver e manter tônus muscular normal. Tônus não é o mesmo que força muscular, mas permite que mantenhamos o corpo em posição ereta e mantenhamos posições diversas. O sistema vestibular é especialmente importante em ajudar as crianças a manter a cabeça ereta. Muitas crianças com problemas vestibulares debruçam-se sobre a carteira, apoiam a cabeça nas mãos e parecem ter menos energia.
            Equilíbrio também é muito influenciado pelo sistema vestibular. Além disso, a habilidade de coordenar os dois lados do corpo em conjunto, como para andar de bicicleta ou cortar com tesoura também depende de boa função vestibular. Finalmente, alguns aspectos da linguagem parecem intimamente relacionados com o modo pelo qual o sistema vestibular processa informação.
Considerando todas essas funções básicas e importantes , não é difícil perceber como um problema vestibular pode criar um problema real que entretanto é invisível.

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR:



1. Experiências de movimento são muito importantes para a criança em desenvolvimento. Assegure-se de reservar tempo para atividades como balançar, escorregar, etc.
2. Incentive movimentos iniciados pela criança de preferência a movimentos passivos.
3. Experimente verificar se é mais fácil para a criança ficar sentada para trabalhar após atividade física (especialmente como balançar, andar de bicicleta). O sistema vestibular geralmente tem um efeito imediato sobre o sistema nervoso e, para algumas crianças, essas atividades podem tornar o trabalho na carteira mais fácil.
4. Incentive atividades em que a criança deita de barriga para baixo e mantém a cabeça. Tente brincar com “Legos” nessa posição, ou fazer com que jogue objetos em um alvo enquanto deitado de barriga para baixo.
5. Incentive atividades bilaterais tais como pular corda, nadar, remar,etc.
Discuta essas atividades com a terapeuta de seu filho e veja se são apropriadas para ele. Não force uma criança a balançar se isso causa medo. Deixe a criança iniciar a brincadeira e daí faça algumas sugestões.

domingo, 24 de abril de 2011

Lápis e suas indicações

                 Entre todos os instrumentos de escrita, o Lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da Internet. É com o Lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão. O Lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados. Os mais utilizados são:
a. Hexagonal: formato padrão para o uso em escolas e escritórios. Não rola na mesa.
b. Redondo: em escritórios, especialmente para taquigrafia. Fácil de girar na mão.
c. Triangular: muito ergonômico para crianças que estão na fase pré-escolar. Permite a perfeita acomodação dos dedos, preensão correta (indicador, polegar e dedo médio) e provoca menos cansaço ao segurar.

Lápis jumbo trangular:
Tem as mesmas vantagens do lápis trangular (permite preensão adequada e menos cansaço) e ainda oferece mina muito mais grossa e resistente e diâmetro maior que os lápis comuns. É indicado para crianças na fase pré-escolar (3-4 anos) e para crianças com dificuldades na coordenação motora fina.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Alimentação independente

É melhor começar o aprendizado na sobremesa ou no lanche e garantir a refeição principal.

Diversão para os bebês e apuro para os pais que terão que limpar toda a sujeira , ensinar o pequeno a comer sozinho não é uma tarefa difícil. Antes mesmo de completar um ano de idade, o bebê já é capaz de levar à boca um biscoito, uma fruta, um pedaço de pão e até mesmo alguns objetos. Deixe-o experimentar esse jeitinho selvagem de comer, para que aprenda a reconhecer o gesto.
Conforme a coordenação motora fina, lá por um ano e meio, ofereça uma colher macia e alimentos pastosos ou bem picados para ele comer sozinho. Sim, a bagunça vai ser grande, não vamos enganar você. A comida vai voar para todos os lados.

Mas o exercício com o punho e a mão é fundamental para estimular desde cedo um movimento necessário para mais tarde ele pegar o lápis, por exemplo. Que tal oferecer a comida antes da hora do banho, com o chão forrado. E não se estresse se ele começar a brincar com a comida. Para as crianças pequenas, colocar coisas na boca (ou na mão, na testa, no cabelo...) é lúdico e divertido. Ensine-o sem perder o bom humor.
Apesar da bagunça que resulta, essa é uma importante ETAPA DO DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO, antes de ele aprender a usar os talheres. E pode ser uma ótima forma de oferecer comidinhas sólidas saudáveis, já que frutas, legumes e verduras são facílimos de cortar.
A colher de cabo torto costuma facilitar o desafio de acertar a pontaria – levar a comida do prato para a boca. Mas fazer certo é o que menos importa nesse momento. Primeiro, a criança vai se familiarizar com a colher, aprender a manipulá-la e entender para que serve. Depois, vai conhecer os alimentos e se lambuzar, o que é normal. Por volta dos 3 anos, estará comendo sozinha.

Com garfo: 
Sugere-se que a criança comece a aprender a comer sozinha na hora da sobremesa e do lanche com alimentos sólidos. Assim, a mãe pode controlar melhor a refeição principal do filho. No início, no lugar da colher, a criança pode usar um garfinho de plástico, de pontas arredondadas. É mais fácil para espetar pedaços de frutas ou um pãozinho cortado. Além disso, a sujeira será menor.
Se você só pode estar com seu filho na hora do almoço ou do jantar, uma boa técnica para iniciar o treino é colocar um pouco da comida num pratinho só para ele, dando-lhe o garfinho. A quantidade maior fica num outro prato, na sua mão. Entre uma tentativa e outra, você oferece uma das suas colheradas. Aos poucos, aumente a comida no pratinho, até que ele seja capaz de comer tudo sozinho.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Terapia da Mão

              A terapia da mão tem como data de criação, 1972, com a criação do Centro de reabilitação da Mão, na Filadélfia, pelo cirurgião Dr. James M. Hunter e as terapeutas Evelyn J. Mackin e Patricia M. Byron. Constitui em uma especialidade para terapeutas ocupacionais e/ou fisioterapeutas, que recebem treinamento adicional em anatomia funcional, biomecânica da mão e do membro superior, conhecimento científico de procedimentos clínicos e cirúrgicos, cicatrização e cuidados com as feridas, cinesiologias, confecção de órteses (aparelhos auxiliares para posicionamento e/ou proteção), atividades para retorno da amplitude de movimento e da sensibilidade periférica do membro superior, retorno as atividades de vida diária e profissional, tratamento primário imediato à cirurgia ou mesmo cuidados no pré-operatório para um melhor condicionamento físico.
                                                
            O trabalho conjunto do cirurgião e o terapeuta da mão cria um sistema de atendimento que permite a melhor orientação ao paciente, estimulando-o a uma maior cooperação ao tratamento e prontas soluções de problemas que possam surgir. Os benefícios ao paciente, deste trabalho cirurgião-terapeuta, vai do desbridamento de feridas, cuidados higiênicos com região da sutura cirúrgica, atenção à aderências cicatricial, combinado com exercícios e atividades, orientações aos cuidados e procedimentos domiciliares, confecção de - órteses - para posicionamento, acompanhamento da redução de edema e dor, prevenção à rigidez articular, entre outros benefícios.”

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Planejamento Motor


          Planejamento motor ou praxia é a habilidade de planejar e executar de uma forma organizada, uma sequência de movimentos ou ações não familiares. Planejamento motor é o produto final de um processamento sensorial bem feito, já que a criança aprende a partir de informações que lhe chegam através dos sentidos. A dificuldade em planejamento motor é muitas vezes descrita na literatura como dispraxia.
          A dificuldade em processamento sensorial pode atingir dois aspectos do planejamento motor: a parte de planejamento (ideação) ou a parte de execução. Quando a parte de ideação é atingida, vê-se uma criança que, apesar de inteligência normal, não consegue brincar de forma organizada, passa de uma atividade para outra. Essa criança tem muita dificuldade em pensar no que fazer com os objetos porisso prefere aqueles que têm um papel claro para ela. Tende a escolher brinquedos como bola, Legos, brinquedos de movimento, quebra-cabeças, etc.
          Outra área que pode ser atingida é a área de execução; nesse caso, vemos uma criança que tem mais dificuldade com o movimento em si. É uma criança desajeitada, que não consegue aprender a participar de atividades motoras como seus companheiros. Cai mais que os outros, bate-se contra os objetos, tem dificuldade em pegar uma bola ou participar de um jogo que faça exigências motoras mais sérias. É a famosa criança que nunca é escolhida para jogos ou só é escolhida por imposição de adultos. Muitas vezes essa criança é líder em planejar as atividades mas, na hora da execução, seu desempenho é muito pobre.


          Pode ocorrer ainda que a dificuldade ocorra nas duas partes do planejamento motor: ideação e execução. Essa é uma criança que às vezes chega a dar a impressão de deficiência mental e cujos pais frequentemente ficam confusos porque, embora a criança dê alguns sinais claros de que é inteligente, sua inabilidade em participar de brincadeiras, de se organizar e organizar seu espaço é tão pobre que não conseguem entender o que está acontecendo.
          Seja qual for o caso, à medida em que o processamento sensorial se torna mais organizado e se consegue uma melhor integração sensorial percebe-se progresso no planejamento motor. Muitas vezes o primeiro sinal desse progresso é uma ligeira melhora na auto-estima e mais vontade de tentar fazer coisas que não se animava a fazer anteriormente. Embora frustrante, é importante entender essa criança. Usar adjetivos para qualificá-la muitas vezes contribui ainda mais para torná-la infeliz e sentir-se incompetente. Sendo uma criança de inteligência normal ela já será seu juiz mais severo e provavelmente se considerará incapaz. É fundamental ajudá-la a entender seu próprio problema e desenvolver estratégias para conviver com ele até que o problema diminua e ela se sinta mais segura. Os esforços em entender integração sensorial por parte da família, escola e outros que convivem com a criança já são meio caminho andado para a solução do problema.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Integração Bilateral

Integração bilateral é a habilidade do dois lados do corpo de trabalharem de forma conjunta e harmoniosa para o desempenho de tarefas. Precisamos de boa integração bilateral para que possamos desempenhar tarefas como cortar, escrever, pular, copiar da lousa, etc. O ponto que mais chama a atenção na integração bilateral é a habilidade de um lado do corpo funcionar como dominante, enquanto o outro funciona como auxiliar. Essa habilidade está mais ou menos desenvolvida por volta dos 4 anos de idade, quando a dominância lateral já se encontra estabelecida mas continua a ser refinada pelo resto da vida. Inclui muito mais que a simples habilidade das mãos trabalharem em conjunto; inclui a binocularidade, ou habilidade dos olhos trabalharem em conjunto, dos pés poderem trabalhar isolada ou conjuntamente para os diversos tipos de pulos e atividades físicas.
Estudos recentes mostram que dificuldade em sequenciamento vem frequentemente associada à dificuldade em integração bilateral. Isto quer dizer que a criança tem dificuldade em desempenhar atividades que dependem de uma sequência tais como, contar, dizer o alfabeto, pular amarelinha, executar pulos simétricos. Muitas vezes, como bebê, essa criança não engatinhou; tem má consciência corporal, frequentemente tem dificuldade no uso de “ferramentas” tais como tesoura, utensílios, lápis; tem dificuldade em se organizar para executar as tarefas.
  • Existe uma sequência lógica no desenvolvimento de integração bilateral e sequenciamento (BIS). Inicialmente a criança desenvolve a habilidade de usar as duas mãos em conjunto para fazer a mesma coisa; como exemplo, usa as duas mãos para pegar uma bola, pula com os dois pés juntos. Eventualmente, progride até o ponto em que uma mão age como principal e outra como estabilizadora.
Atividades para Integração Bimanual:

• Pegar a bola com as duas mãos juntas, jogar basquete usando um cesto ou balde como alvo: mudar o alvo de lugar várias vezes. Usar bolas grandes e de preferência pesadas para “forçar” a criança a usar as duas mãos para atirar. Inicie com um alvo fácil para que a criança não desanime.
• Fazer desenho com as duas mãos ao mesmo tempo, na calçada ou folha grande. Por ex., desenhar uma borboleta, você desenha o corpo e a criança faz as asas usando as duas mãos.
• Desenhar estradas e caminhos no chão ou na areia e seguir com carrinhos.
• Seguir uma “corrida de obstáculos”. Inventar uma história e vivenciar. Ex: terá de pular um rio, escalar uma montanha, passar por um túnel, etc, como uma circuito psicomotor.
• Tente contar uma estória curta e ver se a criança é capaz de lembrar dos detalhes na ordem certa. Use mímica para ajudá-la a lembrar os detalhes se estiver tendo dificuldade.
• Faça a “dança dos índios”. Terá de pular com os dois pés juntos, bater o rítmo com palmas ou em um tambor, pandeiro, etc. A criança precisa de muitas tarefas que envolvam imitação e é mais fácil começar com as que precisam de imitação no uso de seu próprio corpo e gradualmente progredir para tarefas em que imita linhas, desenhos, etc.
• Faça brincadeiras que exijam sequenciamento. Tente incluir passos que precisam ser sequenciados, tais como pular 3 vezes, bater palmas 2 vezes, se abaixar e levantar 3 vezes, etc.
• Corridas de saco são boas atividades para usar o pular com os dois pés ao mesmo tempo.
• O parquinho oferece boa oportunidade para atividades bilaterais e sequencias. Observe primeiro quais os brinquedos que a criança escolhe espontaneamente. Depois, examine as características das que não escolhe nunca e veja como pode dividir em passos simples para ajudar a conseguir.
• Pular em cima de colchonete.