sábado, 21 de abril de 2012

Modelo DIR / Floortime

 
O modelo D.I.R. (Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação) consiste num modelo de avaliação e intervenção que associa a abordagem Floortime com o envolvimento e participação da família, com diferentes especialidades terapêuticas (terapia ocupacional, fonoaudiologia) e a articulação e integração nas estruturas educacionais.

Apresenta um quadro conceitual para avaliações compreensivas e programas de intervenção dirigidos às características únicas de crianças com TEA e outros problemas de desenvolvimento, como incapacidades motoras, da linguagem, cognitivas, Síndrome de Down, Síndrome de X Frágil, Síndrome Alcoólico Fetal, entre outras.

As estratégias deste modelo visam avaliar e intervir sobre áreas relevantes de funcionalidade, nomeadamente: no desenvolvimento emocional funcional, isto é, capacidade de atenção e regulação, envolvimento, comunicação, resolução de problemas, uso criativo de ideias, pensamento abstrato e lógica; nas diferenças individuais de funcionamento do sistema nervoso central, ou seja, a forma como a criança reage e processa as experiências, e como planeja e organiza as respostas, inclui: modulação sensorial, planeamento motor, processamento auditivo e viso-motor e nas relações emocionais com os cuidadores, competências para se envolver em interações afectivas.

Existe um grande número de investigações e de observações clínicas que contribuem para a conceitualização de uma abordagem compreensiva do desenvolvimento de crianças com TEA e outras perturbações de desenvolvimento nas relações interpessoais e na comunicação.

O Modelo de D.I.R. determina como avaliar e intervir tendo em conta:

- Capacidades desenvolvimentais de funcionalidade: a partilha da atenção e a regulação; o envolvimento nas interações; afeto recíproco e comunicação gestual; jogo pré-simbólico complexo, comunicação social e resolução de problemas, incluindo imitação e atenção conjunta; Uso simbólico e criativo de ideias, incluindo jogo simbólico e uso pragmático da linguagem; uso lógico e abstrato de ideias, incluindo capacidade para expressar sentimentos.

- Diferenças individuais: modulação sensorial (em que medida a criança é hiper ou hipo-responsiva às sensações), processamento Auditivo e Viso-espacial; planejamento motor;

- Relacionamentos e padrões de interação: padrões de interação com o cuidador, pais e família; padrões educacionais; padrões de interacção com os colegas.

A avaliação constitui a fase inicial, mas também, como uma parte de todo o processo de observação e discussão.

A avaliação envolve:
1) Relatórios sobre o nível de desenvolvimento funcional da criança;
2) A análise detalhada da história desenvolvimental;
3) Observações diretas da criança a interagir com os pais e com o profissional de saúde, analisando os seis pontos do desenvolvimento funcional, as diferenças individuais de processamento (ex. planeamento motor, processamento auditivo e visuo-espacial, modulação sensorial), e os padrões de interação com os pais e outros membros da família.
A avaliação também deve incluir o funcionamento familiar, através da discussão com os pais sobre as relações familiares e as competências da família para apoiar a criança. O processo de avaliação deve criar relações de parceria entre os profissionais e os familiares – esta relação irá também facilitar a transição e a implementação do plano de intervenção. Esta relação de parceria emerge da necessidade de compreensão e de um consenso, pelos familiares e técnicos, acerca do perfil de desenvolvimento funcional da criança.
O plano de intervenção deverá trabalhar com: as capacidades de desenvolvimento funcionais, as diferenças individuais de processamento e as interações criança-cuidador e funcionamento familiar.
Uma intervenção compreensiva corresponde a um conjunto de interações e práticas adequadas ao nível desenvolvimental e funcional e às diferenças individuais da criança em contexto familiar e educativo, seguindo os seguintes princípios:
- Seguir a criança e envolver-se em interações iniciadas pela criança que são baseadas nos seus interesses de natureza emocional (floortime). Isto permite ao cuidador conduzir a criança para os objetivos delineados e, por outro lado, a obstruir de forma agradável alguns comportamentos perseverantes e levá-la a envolver-se na interacção. O objetivo destas interações espontâneas é o de mobilizar e aumentar a atenção, envolvimento, interações com propósito, a resolução de problemas e o uso de ideias de forma criativa;
- Interações semi-estruturadas para resolução de problemas, que tem objetivos específicos de linguagem, cognição e sociais – o adulto cria situações de aprendizagem, levando-a por exemplo a imitar sons ou gestos associando-os a consequências imediatas e levando-a a aplicá-las em situações de vida real para resolver problemas. Por outro lado estas interações podem orientar a criança para atividades de facilitação do planejamento motor, modulação sensorial e processamento viso-espacial.
 

Floortime


A abordagem Floortime é um modo de intervenção interativa não dirigida, que tem como objetivo envolver a criança numa relação afetiva.

Os seus princípios básicos são:

- Seguir a atividade da criança;

- Entrar na sua atividade e apoiar as suas intenções, tendo sempre em conta as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento emocional da criança;

- Através da nossa própria expressão afetiva e das nossas ações, levar a criança a envolver-se e a interagir conosco;

- Abrir e fechar ciclos de comunicação (comunicação recíproca);

- Alargar a gama de experiências interativas da criança através do jogo;
 
- Alargar a gama de competências motoras e de processamento sensorial;

-Adaptar as intervenções às diferenças individuais de processamento auditivo e viso-espacial, planejamento motor e modulação sensorial.

- Tentar mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais de desenvolvimento emocional (atenção, envolvimento, reciprocidade, comunicação, utilização de sequências de ideias e pensamento lógico emocional) (Greenspan, 1992b; Greenspan & Wieder, 1998).

Em conjunto com as interacções não directivas do Floortime, devem ainda ser usadas interações semi-estruturadas de resolução de problemas em que a criança é levada a cumprir objetivos específicos de aprendizagem através da criação de desafios dinâmicos que a criança quer resolver.

A abordagem Floortime e o Modelo DIR constituem, no estado atual do conhecimento, a resposta mais adaptada à prática clínica com bebés e crianças pequenas com perturbações da comunicação e da relação. Apesar das dificuldades inerentes à aplicação de um programa de intervenção intensiva com custos elevados para as famílias do ponto de vista material, de disponibilidade e organização, a experiência tem demonstrado, tanto pela clínica como pela adesão das famílias e dos técnicos, que este é um modelo útil e suficientemente eficaz para ser recomendada a sua aplicação e divulgação.

Bibliografia:Maia, M.S., slides cedidos nas aulas sobre Abordagem Floortime, adaptado de Greenspan & Chaiman, 2009Análise Psicológica (2003), 1 (XXI): 31-39Programa clínico para o tratamento das perturbações da relação e da comunicação, baseado no Modelo D.I.R
Postado por Ariela Goldstein

Pintar dentro do limite

Colorir dentro das limite pode ser bastante difícil para algumas crianças. A atividade de colorir dentro do limite exige coordenação motora fina e coordenação visomotora. Para ajudar essas crianças podemos fazer limites com alguns materiais.
Dicas:

- Fazer a borda do desenho mais grossa (ajuda visualmente)

- Fazer barreiras de cola quente, cola colorida, palitos de picolé, fios de lã ou qualquer outro material que sirva de barreira para o lápis de cor ou giz de cera.





 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Atividades para Coordenação Motora Fina (3)

Dominó de percepção manual

Colar de canudinhos

Colocar palitos de dente no paliteiro

Pegar bolinhas de isopor na água, com peneira

Passar bolinhas de gude de um poate a outro com colher

sábado, 14 de abril de 2012

Oração das Crianças Especiais


“Bem aventurados os que compreendem o meu estranho passo a caminhar.Bem aventurados os que compreendem que ainda que meus olhos brilhem, minha mente é lenta. Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato. Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez. Bem aventurados os que nunca me lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes. Bem aventurados os que compreendem que me é difícil converter em palavras os meus pensamentos. Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer. Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora não o possa expressar. Bem aventurados os que me amam como sou, tão somente como sou, e não como eles gostariam que eu fosse. ” 
(Giseli Silva)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Terapia Ocupacional e Paralisia Cerebral


O profissional da terapia ocupacional (T.O.) tem um papel importante junto à criança com PC, por fornecer condições para o estabelecimento e efetivação de programas de tratamento que visam a facilitação do movimento, favorecendo assim as experiências e aprendizado sensoriomotores, estimulando aspectos cognitivos, auxiliando na adaptação e execução das AVDs, incentivando o brincar e o lazer, tornando a criança agente em seu processo de desenvolvimento.
O primeiro passo para o ingresso à qualquer terapia é a avaliação, no caso da PC, alguns aspectos particulares devem ser observados como: alterações no tônus muscular, capacidade de estabelecer controle seletivo de movimentos, manutenção de posturas, realização de mudanças posturais, desempenho funcional de membros superiores e coordenação visomotora, habilidades cognitivas, desempenho e integração das funções sensoriais. É importante para o terapeuta ocupacional conhecer o contexto em que a criança está inserida, a condição econômica, social e emocional da família, a fim de possibilitar que o tratamento seja traçado em conjunto com a família, que é parte fundamental da equipe de trabalho.
A avaliação inicia com a coleta de dados com o familiar e/ ou cuidador, onde são questionadas situações de rotina (AVDs), comportamento, interação com pessoas, objetos, lazer, relacionamentos sociais, além de observar, desde a chegada, como essa criança é tratada, se necessita auxílio, que tipo de auxílio e de que forma este auxílio é prestado. Posteriormente faz-se a análise da criança executando as atividades, como o aspecto motor atua na sua realização, quais as dificuldades encontradas, a fim de avaliar a necessidade de adaptações para facilitar o “fazer”.

 É importante que a família compreenda que a proposta de tratamento é baseada em um trabalho motivador, que buscará evidenciar o potencial da criança.
O trabalho da terapia ocupacional com a criança com paralisia cerebral é caracterizado pela busca de soluções para os aspectos do comprometimento motor que interferem na realização das atividades funcionais, além do estímulo às demais áreas deficitárias. Uma habilidade fundamental ao T.O., em se tratando de PC, é a sensibilidade, pois assim poderemos perceber as respostas do indivíduo e modificar nosso toque de acordo com o “feedback” recebido.
Outro fator importante é a intervenção precoce, ou seja, deve-se iniciar o processo de reabilitação o quanto antes. Com bebês paralisados cerebrais, a proposta básica de atividades é a descoberta de si e do meio pelo movimento, e do fazer ganhando aquisições da fase sensoriomotora, além das orientações à família, relacionadas à posicionamento adequado, conduta e manejo.
Muito importante também é a estimulação visual, ema vez que a visão tem influência no fortalecimento do controle cervical e ativação das reações de retificação e endireitamento, levando a cabeça para a posição vertical. Não é raro encontrar deficiência visual associada à PC, decorrente dos distúrbios do tônus, também encontrados nos músculos oculares. O estímulo visual apresentado “de frente”, favorece o alinhamento da cabeça e olhos na linha média, proporcionando a movimentação dos membros superiores na tentativa de exploração manual e oral dos objetos.
Em relação ao déficit motor nos membros superiores, pode-se desenvolver dispositivos que facilitem o manuseio de utensílios, materiais escolares, vestuário, além da confecção de órteses, a fim de evitar deformidades, ou até mesmo substituir alguma função.
Enfim, a T.O. tem muito a contribuir para o desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, mas é importante ressaltar que o trabalho deve ser de uma equipe multidisciplinar com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e em muitos casos psicopedagogo para auxiliar questões escolares, todos trabalhando juntos para o melhor desenvolvimento possível da criança em questão, além de dar suporte especializado à família.

Fonte: apaebrasil.com.br

terça-feira, 10 de abril de 2012

Psicomotricidade

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.
Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.
Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade.
 
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES: engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), etc.....
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Defensividade Tátil

Defensividade tátil refere-se à respostas observáveis negativas ou aversivas a alguns tipos de experiência tátil que a maioria das pessoas não considera desagradável ou dolorosa. Existe um componente emocional exagerado em relação a toque de outras pessoas ou certas texturas. Assim, pentear o cabelo pode ser uma experiência dolorosa para algumas crianças e a água do chuveiro pode parecer agulhas caindo sobre a pele. É considerado um distúrbio de modulação de entrada sensorial.
Um papel importante de nosso sistema tátil é sua função protetora. O sentido do tato nos alerta sobre quando alguma coisa é aguda, quente, fria ou apresenta um perigo de qualquer outra forma. Aprendemos a “notar” essas coisas que podem representar perigo e respondemos afantando-nos delas.
Para alguns indivíduos entretanto, o aspecto do sistema tátil que distingue entre “mensagens” potencialmente perigosas ou inofensivas não funciona normalmente. Ocasionalmente vemos crianças que têm um sistema hiporreativo ao sentido do tato. Essas crianças não parecem sentir tanta dor quanto as outras e muitas vezes parecem não estar conscientes de sensações táteis que deveriam ser notadas. Os pais geralmente as descrevem como durões; tomam injeção e não choram… Mais comumente entretanto, há uma condição de hipersensibilidade ou resposta inconsistente ao toque. Esta condição foi descrita como defensividade tátil.
Como geralmente não pensamos muito sobre nosso sentido do tato ou que algumas pessoas são mais “sensíveis” que outras, muitos desses comportamentos geralmente são atribuidos à personalidade, natureza emocional ou tendências comportamentais. Entretanto, foram documentados casos suficientes de defensividade tátil sabermos que é realmente uma condição de base neurológica, que pode criar muito desconforto e mesmo desorganização para o indivíduo que a experimenta e sua família.
Nosso sentido do tato é intimamente relacionado a nossas emoções. Sofrer desconforto frequente através deste sentido é o suficiente para fazer o indivíduo demonstrar reações emocionais bastante fortes. Assim, crianças que sofrem com este problema são frequentemente descritas como irritadiças, briguentas, retraidas, choronas, bravas, etc.
É difícil prestar atenção na escola por exemplo se você tem de pensar o tempo todo que suas roupas estão incomodando, ou o quanto é desagradável quando alguém encosta de leve em você na fila. Estresses tais como fadiga, doença, ansiedade e mesmo fome frequentemente tornam essas reações mais severas.
Terapia destinada a reduzir defensividade tátil tenta gradativamente despertar reações mais normais às várias sensações táteis. O objetivo é normalizar o modo pelo qual o sistema nervoso reage e interpreta informação tátil.
Alguns sinais de defensividade tátil são:
• Cócegas exageradas
• Manter distância de outras pessoas para evitar ser tocado
• Tendência a se afastar de toque antecipado ou interações que envolvam toque
• Aversão ou luta quando carregados, abraçados ou embalados
• Esfregar o lugar em que foi tocado, como se quisesse apagar
• Aversão a algumas atividades da vida diária tais como banho de chuveiro, cortar unhas ou cabelo, lavar o rosto
• Aversão a toque leve especialmente nas pernas, braços e rosto.
• Recusa em tocar materiais tais como pintura a dedo, massinha, etc.
• Sensibilidade a certos tipos de tecidos ou roupas;
• Preferência ou aversão a comidas que parecem relacionadas a texturas ou temperatura; por exemplo, bebê que não aceita “caroços” na sopinha ou criança que tem ânsia de vômito com comidas com textura de purê.
• Evitam andar descalças em algumas superfícies como areia ou grama;
• Objeção, afastamento ou respostas negativas a contacto tátil, incluindo no contexto de relações íntimas

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR
A seguir , alguns modos pelos quais você pode ajudar sua criança ou outros membros da família que exibam defensividade tátil:
• Toque leve, de cócegas, é geralmente o mais irritante. Quando tocar sua criança, tente usar toque mais firme e pressão constante. Você pode ajudar pedindo à professora que a coloque na frente ou fim da fila. Toque antecipado é mais fácil de ser tolerado. Avise quando for tocar a criança.
• Pressão firme, consistente, tende a eliminar a irritação. Esta é a razão pela qual geralmente esfregamos um lugar que doi e provavelmente porque se desenvolveu o abraço. Massagem firme, enrolar com pressão e fazer “sanduiche”de criança entre almofadas, pode ser muito útil.
• Preste atenção a que tipos de tecidos ou roupas , substâncias ou situações sociais (por ex. andar por um shopping lotado) parecem despertar reações negativas na criança. Até que o problema seja aliviado, tente evitar reações (por ex., deixe que use somente roupas de algodão se isso é o que prefere).
• Evite discussões sobre isso a não ser que segurança ou outro assunto crítico esteja envolvido. É fácil pensar que a criança com defensividade tátil está tentando manipular você ou tornando a vida difícil de propósito. Acredite quando diz que algo “doe”. Há uma boa possibilidade de que realmente sinta alguns tipos de toque como tal.
• Tente incorporar gradativamente uma variedade de experiências táteis no brincar, comer e hora do banho. Geralmente será mais fácil para a criança iniciar o brincar ela mesma de preferência a ter sensações novas ou potencialmente ameaçadoras impostas. Demonstre em você mesma e faça-o divertido. Incorpore faz-de conta. Por exemplo, leve-a a fazer de conta que é um urso cobrindo as pernas e braços de espuma na banheira e depois limpe com uma toalhinha ou escova. Dê oportunidades para rolar na grama, enterrar-se na areia, brincar no banho de espuma, engatinhar em lugares apertados, enrolar-se em cobertas ou outras atividades táteis que a criança esteja disposta a tentar. Se achar que a atividade a incomoda e está fazendo só para lhe agradar, interrompa assim que possível.
• Atividades de “trabalho pesado” tais como carregar sacos de compras ou cestas de roupa para lavar, carregar uma mochila pesada, jogos de empurrar/puxar e atividades de pular dão oportunidade para trabalho pesado. Fazer com que a criança ajude em tarefas de trabalho pesado na casa e jogos de pular, empurrar/puxar podem ajudar a acalmar e organizar.
Há atividades táteis mais específicas que sua terapeuta pode sugerir que podem ser apropriadas para sua criança. Peça idéias à terapeuta e assegure-se de discutir as reações da criança às várias experiências.

domingo, 1 de abril de 2012

Dia Mundial da Conscientização do Autismo - 2 de abril

O autismo é uma Síndrome que atinge quase 2 milhões de brasileiros. Em crianças o autismo é mais comum que o câncer, AIDS e diabetes. No mundo, a ONU estima que existam mais de 70 milhões de pessoas com autismo (World Autism Awareness Day).