O modelo D.I.R. (Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças
Individuais e na Relação) consiste num modelo de avaliação e intervenção
que associa a abordagem Floortime com o envolvimento e participação da
família, com diferentes especialidades terapêuticas (terapia
ocupacional, fonoaudiologia) e a articulação e integração nas estruturas
educacionais.
Apresenta um quadro conceitual para avaliações compreensivas e programas de intervenção dirigidos às características únicas de crianças com TEA e outros problemas de desenvolvimento, como incapacidades motoras, da linguagem, cognitivas, Síndrome de Down, Síndrome de X Frágil, Síndrome Alcoólico Fetal, entre outras.
As estratégias deste modelo visam avaliar e intervir sobre áreas relevantes de funcionalidade, nomeadamente: no desenvolvimento emocional funcional, isto é, capacidade de atenção e regulação, envolvimento, comunicação, resolução de problemas, uso criativo de ideias, pensamento abstrato e lógica; nas diferenças individuais de funcionamento do sistema nervoso central, ou seja, a forma como a criança reage e processa as experiências, e como planeja e organiza as respostas, inclui: modulação sensorial, planeamento motor, processamento auditivo e viso-motor e nas relações emocionais com os cuidadores, competências para se envolver em interações afectivas.
Existe um grande número de investigações e de observações clínicas que contribuem para a conceitualização de uma abordagem compreensiva do desenvolvimento de crianças com TEA e outras perturbações de desenvolvimento nas relações interpessoais e na comunicação.
O Modelo de D.I.R. determina como avaliar e intervir tendo em conta:
- Capacidades desenvolvimentais de funcionalidade: a partilha da atenção e a regulação; o envolvimento nas interações; afeto recíproco e comunicação gestual; jogo pré-simbólico complexo, comunicação social e resolução de problemas, incluindo imitação e atenção conjunta; Uso simbólico e criativo de ideias, incluindo jogo simbólico e uso pragmático da linguagem; uso lógico e abstrato de ideias, incluindo capacidade para expressar sentimentos.
- Diferenças individuais: modulação sensorial (em que medida a criança é hiper ou hipo-responsiva às sensações), processamento Auditivo e Viso-espacial; planejamento motor;
- Relacionamentos e padrões de interação: padrões de interação com o cuidador, pais e família; padrões educacionais; padrões de interacção com os colegas.
A avaliação constitui a fase inicial, mas também, como uma parte de todo o processo de observação e discussão.
A avaliação envolve:
1) Relatórios sobre o nível de desenvolvimento funcional da criança;
2) A análise detalhada da história desenvolvimental;
3) Observações diretas da criança a interagir com os pais e com o profissional de saúde, analisando os seis pontos do desenvolvimento funcional, as diferenças individuais de processamento (ex. planeamento motor, processamento auditivo e visuo-espacial, modulação sensorial), e os padrões de interação com os pais e outros membros da família.
A avaliação também deve incluir o funcionamento familiar, através da discussão com os pais sobre as relações familiares e as competências da família para apoiar a criança. O processo de avaliação deve criar relações de parceria entre os profissionais e os familiares – esta relação irá também facilitar a transição e a implementação do plano de intervenção. Esta relação de parceria emerge da necessidade de compreensão e de um consenso, pelos familiares e técnicos, acerca do perfil de desenvolvimento funcional da criança.
O plano de intervenção deverá trabalhar com: as capacidades de desenvolvimento funcionais, as diferenças individuais de processamento e as interações criança-cuidador e funcionamento familiar.
Uma intervenção compreensiva corresponde a um conjunto de interações e práticas adequadas ao nível desenvolvimental e funcional e às diferenças individuais da criança em contexto familiar e educativo, seguindo os seguintes princípios:
- Seguir a criança e envolver-se em interações iniciadas pela criança que são baseadas nos seus interesses de natureza emocional (floortime). Isto permite ao cuidador conduzir a criança para os objetivos delineados e, por outro lado, a obstruir de forma agradável alguns comportamentos perseverantes e levá-la a envolver-se na interacção. O objetivo destas interações espontâneas é o de mobilizar e aumentar a atenção, envolvimento, interações com propósito, a resolução de problemas e o uso de ideias de forma criativa;
- Interações semi-estruturadas para resolução de problemas, que tem objetivos específicos de linguagem, cognição e sociais – o adulto cria situações de aprendizagem, levando-a por exemplo a imitar sons ou gestos associando-os a consequências imediatas e levando-a a aplicá-las em situações de vida real para resolver problemas. Por outro lado estas interações podem orientar a criança para atividades de facilitação do planejamento motor, modulação sensorial e processamento viso-espacial.
Apresenta um quadro conceitual para avaliações compreensivas e programas de intervenção dirigidos às características únicas de crianças com TEA e outros problemas de desenvolvimento, como incapacidades motoras, da linguagem, cognitivas, Síndrome de Down, Síndrome de X Frágil, Síndrome Alcoólico Fetal, entre outras.
As estratégias deste modelo visam avaliar e intervir sobre áreas relevantes de funcionalidade, nomeadamente: no desenvolvimento emocional funcional, isto é, capacidade de atenção e regulação, envolvimento, comunicação, resolução de problemas, uso criativo de ideias, pensamento abstrato e lógica; nas diferenças individuais de funcionamento do sistema nervoso central, ou seja, a forma como a criança reage e processa as experiências, e como planeja e organiza as respostas, inclui: modulação sensorial, planeamento motor, processamento auditivo e viso-motor e nas relações emocionais com os cuidadores, competências para se envolver em interações afectivas.
Existe um grande número de investigações e de observações clínicas que contribuem para a conceitualização de uma abordagem compreensiva do desenvolvimento de crianças com TEA e outras perturbações de desenvolvimento nas relações interpessoais e na comunicação.
O Modelo de D.I.R. determina como avaliar e intervir tendo em conta:
- Capacidades desenvolvimentais de funcionalidade: a partilha da atenção e a regulação; o envolvimento nas interações; afeto recíproco e comunicação gestual; jogo pré-simbólico complexo, comunicação social e resolução de problemas, incluindo imitação e atenção conjunta; Uso simbólico e criativo de ideias, incluindo jogo simbólico e uso pragmático da linguagem; uso lógico e abstrato de ideias, incluindo capacidade para expressar sentimentos.
- Diferenças individuais: modulação sensorial (em que medida a criança é hiper ou hipo-responsiva às sensações), processamento Auditivo e Viso-espacial; planejamento motor;
- Relacionamentos e padrões de interação: padrões de interação com o cuidador, pais e família; padrões educacionais; padrões de interacção com os colegas.
A avaliação constitui a fase inicial, mas também, como uma parte de todo o processo de observação e discussão.
A avaliação envolve:
1) Relatórios sobre o nível de desenvolvimento funcional da criança;
2) A análise detalhada da história desenvolvimental;
3) Observações diretas da criança a interagir com os pais e com o profissional de saúde, analisando os seis pontos do desenvolvimento funcional, as diferenças individuais de processamento (ex. planeamento motor, processamento auditivo e visuo-espacial, modulação sensorial), e os padrões de interação com os pais e outros membros da família.
A avaliação também deve incluir o funcionamento familiar, através da discussão com os pais sobre as relações familiares e as competências da família para apoiar a criança. O processo de avaliação deve criar relações de parceria entre os profissionais e os familiares – esta relação irá também facilitar a transição e a implementação do plano de intervenção. Esta relação de parceria emerge da necessidade de compreensão e de um consenso, pelos familiares e técnicos, acerca do perfil de desenvolvimento funcional da criança.
O plano de intervenção deverá trabalhar com: as capacidades de desenvolvimento funcionais, as diferenças individuais de processamento e as interações criança-cuidador e funcionamento familiar.
Uma intervenção compreensiva corresponde a um conjunto de interações e práticas adequadas ao nível desenvolvimental e funcional e às diferenças individuais da criança em contexto familiar e educativo, seguindo os seguintes princípios:
- Seguir a criança e envolver-se em interações iniciadas pela criança que são baseadas nos seus interesses de natureza emocional (floortime). Isto permite ao cuidador conduzir a criança para os objetivos delineados e, por outro lado, a obstruir de forma agradável alguns comportamentos perseverantes e levá-la a envolver-se na interacção. O objetivo destas interações espontâneas é o de mobilizar e aumentar a atenção, envolvimento, interações com propósito, a resolução de problemas e o uso de ideias de forma criativa;
- Interações semi-estruturadas para resolução de problemas, que tem objetivos específicos de linguagem, cognição e sociais – o adulto cria situações de aprendizagem, levando-a por exemplo a imitar sons ou gestos associando-os a consequências imediatas e levando-a a aplicá-las em situações de vida real para resolver problemas. Por outro lado estas interações podem orientar a criança para atividades de facilitação do planejamento motor, modulação sensorial e processamento viso-espacial.
Floortime
A abordagem Floortime é um modo de intervenção
interativa não dirigida, que tem como objetivo envolver a criança numa
relação afetiva.
Os seus princípios básicos são:
- Seguir a atividade da criança;
- Entrar na sua atividade e apoiar as suas intenções, tendo sempre em conta as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento emocional da criança;
- Através da nossa própria expressão afetiva e das nossas ações, levar a criança a envolver-se e a interagir conosco;
- Abrir e fechar ciclos de comunicação (comunicação recíproca);
- Alargar a gama de experiências interativas da criança através do jogo;
Os seus princípios básicos são:
- Seguir a atividade da criança;
- Entrar na sua atividade e apoiar as suas intenções, tendo sempre em conta as diferenças individuais e os estágios do desenvolvimento emocional da criança;
- Através da nossa própria expressão afetiva e das nossas ações, levar a criança a envolver-se e a interagir conosco;
- Abrir e fechar ciclos de comunicação (comunicação recíproca);
- Alargar a gama de experiências interativas da criança através do jogo;
- Alargar a gama de competências motoras e de processamento sensorial;
-Adaptar as intervenções às diferenças individuais de processamento auditivo e viso-espacial, planejamento motor e modulação sensorial.
- Tentar mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais de desenvolvimento emocional (atenção, envolvimento, reciprocidade, comunicação, utilização de sequências de ideias e pensamento lógico emocional) (Greenspan, 1992b; Greenspan & Wieder, 1998).
Em conjunto com as interacções não directivas do Floortime, devem ainda ser usadas interações semi-estruturadas de resolução de problemas em que a criança é levada a cumprir objetivos específicos de aprendizagem através da criação de desafios dinâmicos que a criança quer resolver.
A abordagem Floortime e o Modelo DIR constituem, no estado atual do conhecimento, a resposta mais adaptada à prática clínica com bebés e crianças pequenas com perturbações da comunicação e da relação. Apesar das dificuldades inerentes à aplicação de um programa de intervenção intensiva com custos elevados para as famílias do ponto de vista material, de disponibilidade e organização, a experiência tem demonstrado, tanto pela clínica como pela adesão das famílias e dos técnicos, que este é um modelo útil e suficientemente eficaz para ser recomendada a sua aplicação e divulgação.
-Adaptar as intervenções às diferenças individuais de processamento auditivo e viso-espacial, planejamento motor e modulação sensorial.
- Tentar mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais de desenvolvimento emocional (atenção, envolvimento, reciprocidade, comunicação, utilização de sequências de ideias e pensamento lógico emocional) (Greenspan, 1992b; Greenspan & Wieder, 1998).
Em conjunto com as interacções não directivas do Floortime, devem ainda ser usadas interações semi-estruturadas de resolução de problemas em que a criança é levada a cumprir objetivos específicos de aprendizagem através da criação de desafios dinâmicos que a criança quer resolver.
A abordagem Floortime e o Modelo DIR constituem, no estado atual do conhecimento, a resposta mais adaptada à prática clínica com bebés e crianças pequenas com perturbações da comunicação e da relação. Apesar das dificuldades inerentes à aplicação de um programa de intervenção intensiva com custos elevados para as famílias do ponto de vista material, de disponibilidade e organização, a experiência tem demonstrado, tanto pela clínica como pela adesão das famílias e dos técnicos, que este é um modelo útil e suficientemente eficaz para ser recomendada a sua aplicação e divulgação.
Bibliografia:Maia, M.S., slides cedidos nas aulas sobre Abordagem Floortime, adaptado de Greenspan & Chaiman, 2009Análise Psicológica (2003), 1 (XXI): 31-39Programa clínico para o tratamento das perturbações da relação e da comunicação, baseado no Modelo D.I.R
Postado por Ariela Goldstein