domingo, 26 de junho de 2011

Fratura de Colles

A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais freqüente em crianças entre 6 e 10 anos e pessoas idosas, especialmente mulheres acima de 50 anos. É a fratura da extremidade distal do rádio com deslocamento do fragmento fazendo-se para trás e para o exterior, realizando um aspecto típico da mão como um dorso de um garfo, e tendo como causa mais freqüente uma queda sobre a mão aberta.

O indivíduo apresenta limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldade em realizar prono-supinaçãodo antebraço devido ao edema e ao quadro álgico muito intenso.
Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura de colles volte às suas atividades normais, alguns problemas podem ocorrer durante o processo de reabilitação. Muitas vezes, a junção das duas extremidades do osso fraturado não fica perfeita, resultando em uma deformação visível do pulso. Após a fratura, cerca de 1 terço das mulheres acometidas têm uma condição chamada algodistrofia que causa dor e sensibilidade, edema e rigidez da mão podendo ainda afetar a circulação local. Neste caso, os pacientes apresentam um quadro álgico persistente e rigidez articular que podem durar por muitos anos.

Alguns autores afirmam que esta fratura cria deformidade, impotência e limitação e, por outro lado, outros autores discordam desta afirmativa. É importante ressaltar que a fratura vai além de um antebraço e uma mão impotente funcionalmente. A vida profissional do indivíduo é afetada em conjunto às suas atividades de vida diária, como nutrição, higiene pessoal e vestuário.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Família com necessidades especiais

A família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança e pode proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, como também, pode impedir um avanço saudável de suas crianças. Em se tratando das crianças com deficiência, as quais requerem atenção e cuidados específicos, o papel da família é fundamental em todo seu processo de desenvolvimento. A influência da família no desenvolvimento de suas crianças se dá, primordialmente, através das relações estabelecidas por meio de uma via fundamental: a comunicação, tanto verbal como não verbal. É a família que apresenta o mundo externo social para a criança e, portanto, o mundo escolar será apresentado à criança via família.

O nascimento de uma criança com deficiência na família pode alterar os relacionamentos entre os membros, exigindo dos genitores e de todos os outros membros familiares uma adaptação a esta nova situação. O impacto sentido pela família é muito grande. Alguns autores afirmam que esse momento é traumático, podendo causar uma desestruturação na estabilidade familiar. O momento inicial é sentido como o mais difícil para toda a família e esta tem que buscar a sua reorganização interna, a qual depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros, individualmente.

A família passa, então, por um longo processo de superação até chegar à aceitação da sua criança com deficiência: choque, negação, raiva, revolta e rejeição, dentre outros sentimentos e reações. A construção de um ambiente familiar mais preparado para incluir essa criança como um membro integrante da família é conseguido aos poucos. Observa-se que quando há apoio mútuo entre o casal, essa tarefa fica mais compartilhada e os genitores conseguem dar um outro significado para a deficiência de seu filho(a), pautado por suas possibilidades. Assim, o ambiente familiar pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento da criança com deficiência.
Atualmente, a sociedade vive um momento em que a diversidade é celebrada em todos os níveis, e a família é um dos primeiros grupos sociais em que impera a diversidade, especialmente, no que tange à diversidade de personalidades que a compõe.


Texto de Nara Liana Pereira-Silva, Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia na área de Desenvolvimento Humano (UnB – Brasília)