sábado, 1 de outubro de 2011

Como ensinar uma criança com TDA/H?

Educar é uma tarefa que exige muita paciência, dedicação, afeto e treinamento. A educação de um portador de TDA/H pode exigir uma tolerância redobrada e muita atenção, uma vez que é um processo onde é necessário, além de passar o conhecimento, estabelecer incansavelmente regras e limites.

É importante que o educador conheça o universo do TDA/H e suas implicações reconheça os seus próprios limites para lidar com o problema e não tenha constrangimento em pedir ajuda quando necessária.

Um trabalho eficaz de educação para os portadores deve ser multidisciplinar, ou seja, é preciso que todos (pai, mãe, tios, irmãos, avós, empregada, etc) sejam conhecedores da situação e estejam unidos nesta tarefa. Na escola, toda a equipe de profissionais deve estar adequadamente treinada para dar o suporte necessário, estabelecendo um contato estreito e regular com a família e o médico da criança.

Existem algumas dicas de grande valia para serem utilizadas com os portadores na hora da aprendizagem:

• A preparação do ambiente é muito importante para receber bem um portador de TDA/H. Deve-se evitar um lugar barulhento, com ruídos freqüentes ou intermitentes e passagem ou entra e sai de várias pessoas. O lugar deve ser arejado e o mais estimulante possível de acordo com o objetivo do momento. Para introduzir um comentário novo, deve-se utilizar materiais didáticos variados em termos de cores, formas e tamanhos para que a criança possa manuseá-los.
• Para a realização do “para casa”, o ambiente deve ter o mínimo de estímulos que possam desviar sua atenção. Evite objetos cortantes ou que possam se quebrar facilmente. Quebrar ou estragar objetos é muito comum entre os portadores, e eles tendem a se sentir culpados ao fazê-lo, experimentando angústia e estresse após a ocorrência do fato.
• Para estabelecer um bom vínculo, olhe nos olhos e ouça o que o portador tem a dizer; isto inclui seus objetivos, suas expectativas e medos.
• Considerando que o planejamento é uma tarefa muito complicada para o portador, auxilie-o pré-estabelecendo regras, objetivos, tempos e limites. Estes últimos devem ser colocados de maneira firme, porém sem o intuito de punir.
• Repita várias vezes as regras de forma clara e objetiva, sem um tom de cobrança. Peça-o para repetir o que entendeu sobre o que acabou de ouvir.
• Evite pressioná-lo com relação ao tempo com frases do tipo: “Ande rápido, seu tempo está se esgotando” ou “Acelere e pare de fazer hora”.
• Monitorize o tempo de forma que sempre fiquem alguns minutos a mais para qualquer imprevisto. Sinalize sempre quando estiver faltando alguns minutos para acabar a tarefa proposta.
• Dê intervalos de 5 minutos a cada 40 minutos de trabalho para que o portador possa movimentar-se, beber água, ir ao banheiro, etc.
• Avise sobre possíveis mudanças com antecedência, para que ele se prepare e ajude-o a monitorar os imprevistos, pois estes são vividos com muito sofrimento pelo portador.
• Acompanhe a execução das tarefas, que devem ser realizadas por etapas e em passos pequenos. O conteúdo deve ser introduzido em pequenas quantidades, para ser lido e trabalhado.
• O uso de marcadores de texto, gráficos, mapas, figuras, jogos, músicas, listas de lembretes e softwares interativos têm um papel importante no processo de aprendizagem do portador de TDA/H.
• Frequentemente, elogie os avanços no processo de aprendizagem, encorajando-o a continuar e reforçando positivamente com pequenos “brindes” ou “surpresinhas “.
• Estimule a participação do portador em tarefas variadas, pedindo que faça pequenos favores como dar um recado ou buscar um objeto em outro lugar. Depois, estimule perguntas que facilitam a auto-observação do tipo: “o que acabei de fazer ?” ou “o que fiz hoje de legal ?” ou ainda peça para descrever uma cena, recontar histórias, relatar o que fez em um final de semana.
• Sempre que possível, use o lúdico e a novidade. “Contar segredos no pé do ouvido” sempre aguça a curiosidade e garante a atenção do portador.
• Para que haja uma boa memorização, use dicas, macetes, lembretes, despertador e músicas cujas letras referem-se ao tema da aprendizagem.
• Quando perceber o portador se dispensando, aproxime-se dele, toque-o nos ombros, olhe-o nos olhos, altere seu tom de voz variando entre o grave e o agudo, mude sua expressão facial e gestos.
• Evite corrigir a falta de atenção do portador em voz alta diante de outras pessoas, pois ele poderá se sentir humilhado e reagir de forma mais distante ou mesmo agressiva.
• Na sala de aula, o portador deve senta-se próximo à professora, para que esta possa destinar-se a atenção necessária sem causar-lhe constrangimento ou despertar ciúmes no restante da turma.
• Evite colocar o portador perto de janelas ou portas, pois ele pode ser facilmente distraído por estímulos externos.
• Incentivos e reforços positivos do tipo: uma piscadinha, um tapinha nas costas ou um sinal de “jóia” com a mão, são sempre bem vindos e aumentam a motivação para continuar as atividades.
• Incentive-o a praticar esportes individuais ou coletivos para que entre em contato com novas regras, gaste bastante energia e possa se integrar com outras pessoas.

É IMPORTANTE LEMBRAR que os portadores de TDA/H são normalmente pessoas muito criativas e inteligentes. Quando cuidados por pessoas capacitadas, certamente se tornarão indivíduos mais realizados e felizes.

(FONTE: Distraído e a 1000 por hora, de Simone Sena e Orestes Neto)

sábado, 24 de setembro de 2011

Integração Sensorial

 
Todos sabemos que o olfato, o paladar, o tato, a audição e a visão são os 5 sentidos. Mas engana-se quem pensa que possuímos somente estes cinco. Existem também os sentidos proprioceptivo e vestibular.

A propriocepção é a capacidade de reconhecer a localização espacial do próprio corpo, a sua posição, a força exercida pelos músculos, e a posição em relação às outras partes sem precisar utilizar a visão. Essa percepção permite-nos, por exemplo, desviar de um objeto mesmo sem saber a que distância precisa ele se encontra, ou mesmo tocar uma parte do corpo com os olhos fechados. Os seus receptores encontram-se, em maioria, nas articulações. Graças a propriocepção podemos andar, segurar e manipular objectos e coordenar movimentos.

O sentido vestibular tem os seus receptores localizados no ouvido e são sensíveis à alterações angulares da cabeça. É responsável pelo equilíbrio do corpo, além de atuar na identificação da posição do corpo, permitindo que se saiba quando está deitado, sentado, em pé ou em qualquer outra posição. Também é graças ao sistema vestibular que conseguimos coordenar movimentos dos dois lados do corpo em conjunto, como andar de bicicleta e cortar com uma tesoura.

O cérebro recebe a informação desses estímulos sensoriais captados pelos "7 sentidos" que são interpretados, processados e organizados por ele para a formação de uma estrutura de comportamento e aprendizagem. A essa organização realizada pelo cérebro dá-se o nome de integração sensorial. Qualquer alteração na hora de processar as informações causada por diversos motivos, como uma lesão no sistema nervoso central, ou simplesmente uma imaturidade do mesmo, causa uma disfunção da integração sensorial. Esse distúrbio na recepção e organização das informações sensoriais recebidas afeta o desempenho nas diversas áreas podendo ocasionar atraso escolar, dificuldade na relação com os outros, dificuldade de atenção e concentração, auto-estima prejudicada, alteração no tônus muscular, dificuldade de equilíbrio e na coordenação motora global e fina. Alguns dos sintomas da disfunção da Integração Sensorial são interpretados e tratados erroneamente, e muitas vezes são confundidos com problemas emocionais.

Alguns comportamentos que podem indicar uma Disfunção da Integração Sensorial:

- dificuldade em manter a atenção em sala de aula ou brincadeiras mais complexas;
- comportamento hiperativo;
- sentido tátil mal desenvolvido, aversão ao toque, não gosta de se sujar;
- dificuldade em se alimentar, não aceita alimentos com texturas diferentes;
- oscilação de humor de forma que chama a atenção;
- dificuldade em graduar a força;
- problemas de linguagem (fala, leitura e escrita);
- evita ambiente com muitas pessoas e ambientes barulhentos;
- problema na articulação da fala sem razão aparente;
- esbarra constantemente nos objetos ao redor, derruba coisas sem querer;

Quando houver suspeita de uma disfunção da Integração Sensorial deve-se procurar um Terapeuta Ocupacional qualificado ou outro profissional da saúde que tenha especialização em Integração Sensorial que realizará uma avaliação para identificar o problema. O tratamento baseia-se no princípio de uma reorganização do modo de funcionamento dos sistemas sensoriais. Para isso são utilizadas atividades lúdicas, brincadeiras e jogos que trabalham os sistemas integrados. O tratamento modifica a dieta sensorial utilizando organizadores para regulação. Os organizadores podem ser desde o toque do terapeuta, a criação de ambiente favorável e até um material para desenvolver uma função específica. A criança reorganiza o seu modo de funcionamento para as funções cotidianas. Para isto é necessário que a família e a escola estejam integrados aos objetivos do tratamento.

A família também pode ajudar. Brincar é a melhor forma de desenvolver a integração sensorial.

- jogos corporais, ir a parques com diferentes estímulos e desafios (balanço, gira-gira, ponte movediça), tendo o cuidado de respeitar o limite de cada criança.
- evitar o excesso de limpeza, se possível deixar descalço, fornecer momentos de contato corporal de uma forma prazerosa, dar toques diferentes leve e profundo.
- balançar no colo, na rede ou no cobertor.
- dançar.
- favorecer atividades de pintura, massa de modelar e argila.
- construir histórias onde represente as ações de forma concreta (passar por túneis, escadas, cordas) e por meio de desenhos e pinturas

Deve-se relembrar que estas brincadeiras só são válidas com o consentimento da criança, não devendo esta ser forçada a nada.

Fonte: http://www.terapia--ocupacional.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os 10 Mandamentos para Pais de Crianças Especiais



1. Viva um dia de cada vez, e viva-o positivamente. Você não tem controle sobre o futuro, mas tem controle sobre hoje.

2. Nunca subestime o potencial do seu filho. Dê-lhe espaço, encoraje-o, espere sempre que ele se desenvolva ao máximo das suas capacidades. Nunca se esqueça da sua capacidade de aprendizagem, por pequena que seja.


3. Descubra e permita mentores positivos: familiares e profissionais que possam partilhar consigo a experiência deles, conselhos e apoio.


4. Proporcione e esteja envolvido com os mais apropriados ambientes educacionais e de aprendizagem para o seu filho desde a infância.


5. Tenha em mente os sentimentos e necessidades do seu cônjuge e dos seus outros filhos. Lembre-lhes que esta criança especial não tem mais do seu amor pelo fato de perder com ele mais tempo.


6. Responda apenas perante a sua consciência: poderá depois responder ao seu filho. Não precisa justificar as suas acções aos seus amigos ou ao público.

7. Seja honesto com os seus sentimentos. Não pode ser um super-pai 24 horas por dia. Permita-se a si mesmo ciúmes, zanga, piedade, frustração e depressão em pequenas necessidades sempre que seja necessário.

8. Seja gentil para consigo mesmo. Não se foque continuamente naquilo que precisa de ser feito. Lembre-se de olhar para o que já conseguiu atingir.

9. Pare e cheire as rosas. Tire vantagem do fato de ter ganho uma apreciação especial pelos pequenos milagres da vida que os outros dão como garantidos.

10. Mantenha e use o sentido de humor. Desmanchar-se a rir pode evitar que seja desmanchado pelo stress.

Adaptações Físicas para Alunos Cadeirantes

Que adaptações físicas devemos fazer na sala de aula considerando o aluno cadeirante e como adaptá-lo a sala de aula?

A escola que irá receber um aluno cadeirante necessita de um detalhado estudo sobre o seu desenvolvimento geral, seu histórico de aprendizagem, é preciso fazer um diagnóstico cuidadoso para saber se ele necessita de um "Plano Individualizado de Adequação Curricular".

É fundamental tratar essa aluno como uma pessoa com condições mentais normais, que necessita apenas de uma adaptação física e estrutural para melhor se adaptar ao ambiente e assim conseguir ser independente.


A integração em sala de aula é fundamental. A professora deverá conversar com seus alunos primeiramente sobre a deficiência do novo aluno, explicando toda situação do cadeirante.


Para incluir um aluno com deficiência física na escola é necessário que a escola possua adaptações coerentes com a necessidade do aluno como: portas largas, rampas de acesso, cadeira adaptada (deitar), mesa acoplada na cadeira de rodas, entre outros.


Os alunos precisam estar preparados para receber o colega deficiente. O professor deve explicar que deficiência física não tem nada a ver com deficiência mental, a deficiência física afeta a parte motora e não a parte cognitiva da pessoa. Muitas vezes a discriminação acontece pela falta de conhecimento, ou por não saber lidar com uma situação nova, que não é comum.


O aluno com limitações motoras na sala de aula:

1.O aluno deve ficar sempre na frente e no meio da sala, pois isto facilita a sua atenção e integração na turma.
2.O aluno deve ser tratado com naturalidade e sua participação nas atividades em grupo deve ser sempre estimulada.
3.Poderá ser necessário que o aluno tenha um tempo maior que os outros para realizar as atividades, quando a sua dificuldade motora for também no membro superior. Lembre-se que ele tem esse direito.
4.Alguns podem utilizar-se de adaptações para escrita, máquinas de escrever ou até mesmo computadores para escrever.
5.Para as atividades extra-classe é importante avaliar previamente a acessibilidade do local para garantir que o aluno possa ir, sem maiores transtornos ou constrangimentos.
6.Quando o aluno tiver uma dificuldade cognitiva associada à limitação motora poderá ser necessária alguma adaptação curricular.
7.O aluno pode necessitar de algum auxílio ao entrar e sair da sala; ofereça ajuda, se puder e desejar.
8.A sala de aula deve ser organizada de forma a que o aluno cadeirante possa circular sem dificuldades

Fonte: http://grupotetraplegia.wikispaces.com/
www.deficienteciente.blogspot.com

domingo, 26 de junho de 2011

Fratura de Colles

A fratura de Colles é uma lesão comum que é mais freqüente em crianças entre 6 e 10 anos e pessoas idosas, especialmente mulheres acima de 50 anos. É a fratura da extremidade distal do rádio com deslocamento do fragmento fazendo-se para trás e para o exterior, realizando um aspecto típico da mão como um dorso de um garfo, e tendo como causa mais freqüente uma queda sobre a mão aberta.

O indivíduo apresenta limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldade em realizar prono-supinaçãodo antebraço devido ao edema e ao quadro álgico muito intenso.
Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura de colles volte às suas atividades normais, alguns problemas podem ocorrer durante o processo de reabilitação. Muitas vezes, a junção das duas extremidades do osso fraturado não fica perfeita, resultando em uma deformação visível do pulso. Após a fratura, cerca de 1 terço das mulheres acometidas têm uma condição chamada algodistrofia que causa dor e sensibilidade, edema e rigidez da mão podendo ainda afetar a circulação local. Neste caso, os pacientes apresentam um quadro álgico persistente e rigidez articular que podem durar por muitos anos.

Alguns autores afirmam que esta fratura cria deformidade, impotência e limitação e, por outro lado, outros autores discordam desta afirmativa. É importante ressaltar que a fratura vai além de um antebraço e uma mão impotente funcionalmente. A vida profissional do indivíduo é afetada em conjunto às suas atividades de vida diária, como nutrição, higiene pessoal e vestuário.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Família com necessidades especiais

A família constitui o primeiro universo de relações sociais da criança e pode proporcionar-lhe um ambiente de crescimento e desenvolvimento, como também, pode impedir um avanço saudável de suas crianças. Em se tratando das crianças com deficiência, as quais requerem atenção e cuidados específicos, o papel da família é fundamental em todo seu processo de desenvolvimento. A influência da família no desenvolvimento de suas crianças se dá, primordialmente, através das relações estabelecidas por meio de uma via fundamental: a comunicação, tanto verbal como não verbal. É a família que apresenta o mundo externo social para a criança e, portanto, o mundo escolar será apresentado à criança via família.

O nascimento de uma criança com deficiência na família pode alterar os relacionamentos entre os membros, exigindo dos genitores e de todos os outros membros familiares uma adaptação a esta nova situação. O impacto sentido pela família é muito grande. Alguns autores afirmam que esse momento é traumático, podendo causar uma desestruturação na estabilidade familiar. O momento inicial é sentido como o mais difícil para toda a família e esta tem que buscar a sua reorganização interna, a qual depende de sua estrutura e funcionamento enquanto grupo e, também, de seus membros, individualmente.

A família passa, então, por um longo processo de superação até chegar à aceitação da sua criança com deficiência: choque, negação, raiva, revolta e rejeição, dentre outros sentimentos e reações. A construção de um ambiente familiar mais preparado para incluir essa criança como um membro integrante da família é conseguido aos poucos. Observa-se que quando há apoio mútuo entre o casal, essa tarefa fica mais compartilhada e os genitores conseguem dar um outro significado para a deficiência de seu filho(a), pautado por suas possibilidades. Assim, o ambiente familiar pode contribuir para o desenvolvimento e crescimento da criança com deficiência.
Atualmente, a sociedade vive um momento em que a diversidade é celebrada em todos os níveis, e a família é um dos primeiros grupos sociais em que impera a diversidade, especialmente, no que tange à diversidade de personalidades que a compõe.


Texto de Nara Liana Pereira-Silva, Psicóloga, Mestre e Doutora em Psicologia na área de Desenvolvimento Humano (UnB – Brasília)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tratamento para Autistas - Método ABA (Applied Behavior Analysis - Análise Aplicada do Comportamento)

           De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.
          O ABA consiste do estudo científico do comportamento para aumentar, diminuir, criar, eliminar ou melhorar comportamentos.As técnicas comportamentais têm resultados positivos em diversas áreas, incluindo o treinamento de operários e militares ou a educação de crianças com atrasos no desenvolvimento.

Os princípios fundamentais do ABA são:criar situações de acerto, isto é, iniciar com tarefas que o aluno consegue realizar, oferecer apoio em caso de dificuldade, para ir avançando e retirando o apoio aos poucos. Sempre garantir a resposta correta. 
* Fornecer instruções claras e concretas, oferecer apoio e material compatível. 
* Sempre reforçar a conduta correta. 
* Ignorar, corrigir ou redirecionar a conduta incorreta.
* Registrar sempre. 
          O tratamento com Aba tem beneficiado todo o tipo de aprendiz em todas as idades, com muita ou pouca habilidade, em várias questões diferentes. No começo dos anos 60, começou-se a se trabalhar com a análise do comportamento em crianças autistas e com outras desordens do desenvolvimento. Desde aquela época, uma grande variedade de técnicas de ABA tem sido desenvolvida para construir o aprendizado em crianças autistas de todas as idades. Essas técnicas são usadas tanto em situações mais estruturadas e formais como nas situações mais naturais, tipo as situações do dia-a-dia e tanto na situação de 1 pra 1, como nas instruções em grupo.
      Concluindo, o ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou outros transtornos invasivos do desenvolvmento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área de aprendizagem e hoje é considerado como o mais eficaz.

sábado, 30 de abril de 2011

Atividades para Coordenação Motora Fina (2)

Circuito Psicomotor ou Aramado

Torre de formas geométricas


Alinhavo


Caminho Mágico


Ferramentas
*Essas atividades permitem preensões palmares e pinça, extensão e flexão de punho, integração bimanual, coordenação visomotora entre outras funções cognitivas como atenção e concentração.

O Sistema Vestibular

                 De todos os sitemas sensoriais sobre os quais falamos dentro da teoria de integração sensorial o que pode ser o mais importante e o mais difícil de entender é o sentido vestibular. Este sistema sensorial se desenvolve apenas algumas semanas após a concepção e desempenha um papel muito importante no desenvolvimento inicial da criança. Provavelmente foi também um dos sistemas mais importantes para nossos ancestrais durante a evolução. Entretanto, não é muito familiar para muitas pessoas.
          As crianças não aprendem sobre ele quando aprendem sobre os sistemas sensoriais básicos e se os adultos conhecem esse sistema, podem apenas ter consciência de que tem algo a ver com equilíbrio. Maior compreensão sobre o sistema vestibular vai ser útil para a compreensão dos tipos de problema que as crianças podem ter assim como os métodos que usamos para corrigir esses problemas.
            Como sabemos, há partes de nossos ouvidos e olhos que absorvem sons e visões e mandam informação para nosso cérebro. As partes do sentido vestibular que absorvem informações a serem mandadas para nosso cérebro estão localizadas no ouvido interno. Uma parte é um conjunto de canais cheios de fluido que respondem a movimento e mudança de direção A outra parte é uma estrutura como uma bolsa que responde a mudança de posição da cabeça e ao empuxo da gravidade. A informação sobre movimento e posição da cabeça que vem através dessas estruturas é mandada para muitas partes do cérebro. Esta é uma das principais razões pela qual nos preocupamos tanto com este sistema sensorial – tem muitas funções diferentes que são importantes para nossa habilidade de fazer tantas coisas.
            Uma função importante do sistema vestibular nos permite coordenar os movimentos dos nossos olhos sem mover a cabeça. Isto ocorre em atividades tais como copiar da lousa (olhar para cima e para baixo) virar a cabeça para observar um objeto em movimento (tal como uma bola no campo de futebol) e mesmo às vezes olhar em uma página para ler. Essas funções do sistema vestibular provavelmente ajudam a explicar porque vários estudos mostraram que até metade das crianças com distúrbios de aprendizagem mostram sinais de disfunção vestibular.
             O sistema vestibular também é importante para ajudar a desenvolver e manter tônus muscular normal. Tônus não é o mesmo que força muscular, mas permite que mantenhamos o corpo em posição ereta e mantenhamos posições diversas. O sistema vestibular é especialmente importante em ajudar as crianças a manter a cabeça ereta. Muitas crianças com problemas vestibulares debruçam-se sobre a carteira, apoiam a cabeça nas mãos e parecem ter menos energia.
            Equilíbrio também é muito influenciado pelo sistema vestibular. Além disso, a habilidade de coordenar os dois lados do corpo em conjunto, como para andar de bicicleta ou cortar com tesoura também depende de boa função vestibular. Finalmente, alguns aspectos da linguagem parecem intimamente relacionados com o modo pelo qual o sistema vestibular processa informação.
Considerando todas essas funções básicas e importantes , não é difícil perceber como um problema vestibular pode criar um problema real que entretanto é invisível.

O QUE VOCÊ PODE FAZER PARA AJUDAR:



1. Experiências de movimento são muito importantes para a criança em desenvolvimento. Assegure-se de reservar tempo para atividades como balançar, escorregar, etc.
2. Incentive movimentos iniciados pela criança de preferência a movimentos passivos.
3. Experimente verificar se é mais fácil para a criança ficar sentada para trabalhar após atividade física (especialmente como balançar, andar de bicicleta). O sistema vestibular geralmente tem um efeito imediato sobre o sistema nervoso e, para algumas crianças, essas atividades podem tornar o trabalho na carteira mais fácil.
4. Incentive atividades em que a criança deita de barriga para baixo e mantém a cabeça. Tente brincar com “Legos” nessa posição, ou fazer com que jogue objetos em um alvo enquanto deitado de barriga para baixo.
5. Incentive atividades bilaterais tais como pular corda, nadar, remar,etc.
Discuta essas atividades com a terapeuta de seu filho e veja se são apropriadas para ele. Não force uma criança a balançar se isso causa medo. Deixe a criança iniciar a brincadeira e daí faça algumas sugestões.

domingo, 24 de abril de 2011

Lápis e suas indicações

                 Entre todos os instrumentos de escrita, o Lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e econômico, produzido aos milhões todos os anos, mesmo na era da Internet. É com o Lápis que as crianças de todo o mundo aprendem a escrever. É indispensável para todos os tipos de anotações, traçados e rascunhos - sobretudo para tudo o que possa ser escrito ou desenhado à mão. O Lápis é um produto de longa durabilidade, que exige poucos cuidados. Os mais utilizados são:
a. Hexagonal: formato padrão para o uso em escolas e escritórios. Não rola na mesa.
b. Redondo: em escritórios, especialmente para taquigrafia. Fácil de girar na mão.
c. Triangular: muito ergonômico para crianças que estão na fase pré-escolar. Permite a perfeita acomodação dos dedos, preensão correta (indicador, polegar e dedo médio) e provoca menos cansaço ao segurar.

Lápis jumbo trangular:
Tem as mesmas vantagens do lápis trangular (permite preensão adequada e menos cansaço) e ainda oferece mina muito mais grossa e resistente e diâmetro maior que os lápis comuns. É indicado para crianças na fase pré-escolar (3-4 anos) e para crianças com dificuldades na coordenação motora fina.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Alimentação independente

É melhor começar o aprendizado na sobremesa ou no lanche e garantir a refeição principal.

Diversão para os bebês e apuro para os pais que terão que limpar toda a sujeira , ensinar o pequeno a comer sozinho não é uma tarefa difícil. Antes mesmo de completar um ano de idade, o bebê já é capaz de levar à boca um biscoito, uma fruta, um pedaço de pão e até mesmo alguns objetos. Deixe-o experimentar esse jeitinho selvagem de comer, para que aprenda a reconhecer o gesto.
Conforme a coordenação motora fina, lá por um ano e meio, ofereça uma colher macia e alimentos pastosos ou bem picados para ele comer sozinho. Sim, a bagunça vai ser grande, não vamos enganar você. A comida vai voar para todos os lados.

Mas o exercício com o punho e a mão é fundamental para estimular desde cedo um movimento necessário para mais tarde ele pegar o lápis, por exemplo. Que tal oferecer a comida antes da hora do banho, com o chão forrado. E não se estresse se ele começar a brincar com a comida. Para as crianças pequenas, colocar coisas na boca (ou na mão, na testa, no cabelo...) é lúdico e divertido. Ensine-o sem perder o bom humor.
Apesar da bagunça que resulta, essa é uma importante ETAPA DO DESENVOLVIMENTO MOTOR FINO, antes de ele aprender a usar os talheres. E pode ser uma ótima forma de oferecer comidinhas sólidas saudáveis, já que frutas, legumes e verduras são facílimos de cortar.
A colher de cabo torto costuma facilitar o desafio de acertar a pontaria – levar a comida do prato para a boca. Mas fazer certo é o que menos importa nesse momento. Primeiro, a criança vai se familiarizar com a colher, aprender a manipulá-la e entender para que serve. Depois, vai conhecer os alimentos e se lambuzar, o que é normal. Por volta dos 3 anos, estará comendo sozinha.

Com garfo: 
Sugere-se que a criança comece a aprender a comer sozinha na hora da sobremesa e do lanche com alimentos sólidos. Assim, a mãe pode controlar melhor a refeição principal do filho. No início, no lugar da colher, a criança pode usar um garfinho de plástico, de pontas arredondadas. É mais fácil para espetar pedaços de frutas ou um pãozinho cortado. Além disso, a sujeira será menor.
Se você só pode estar com seu filho na hora do almoço ou do jantar, uma boa técnica para iniciar o treino é colocar um pouco da comida num pratinho só para ele, dando-lhe o garfinho. A quantidade maior fica num outro prato, na sua mão. Entre uma tentativa e outra, você oferece uma das suas colheradas. Aos poucos, aumente a comida no pratinho, até que ele seja capaz de comer tudo sozinho.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Terapia da Mão

              A terapia da mão tem como data de criação, 1972, com a criação do Centro de reabilitação da Mão, na Filadélfia, pelo cirurgião Dr. James M. Hunter e as terapeutas Evelyn J. Mackin e Patricia M. Byron. Constitui em uma especialidade para terapeutas ocupacionais e/ou fisioterapeutas, que recebem treinamento adicional em anatomia funcional, biomecânica da mão e do membro superior, conhecimento científico de procedimentos clínicos e cirúrgicos, cicatrização e cuidados com as feridas, cinesiologias, confecção de órteses (aparelhos auxiliares para posicionamento e/ou proteção), atividades para retorno da amplitude de movimento e da sensibilidade periférica do membro superior, retorno as atividades de vida diária e profissional, tratamento primário imediato à cirurgia ou mesmo cuidados no pré-operatório para um melhor condicionamento físico.
                                                
            O trabalho conjunto do cirurgião e o terapeuta da mão cria um sistema de atendimento que permite a melhor orientação ao paciente, estimulando-o a uma maior cooperação ao tratamento e prontas soluções de problemas que possam surgir. Os benefícios ao paciente, deste trabalho cirurgião-terapeuta, vai do desbridamento de feridas, cuidados higiênicos com região da sutura cirúrgica, atenção à aderências cicatricial, combinado com exercícios e atividades, orientações aos cuidados e procedimentos domiciliares, confecção de - órteses - para posicionamento, acompanhamento da redução de edema e dor, prevenção à rigidez articular, entre outros benefícios.”